Marina Colasanti foi subeditora de texto do Caderno B, sendo diretamente responsável pelas crônicas de Clarice Lispector. Segundo a mesma, ela dizia crônicas por cacoete porque, na verdade, fugindo à estrutura da crônica tradicional, eram simplesmente textos, reflexões curtas, talvez rabiscadas em origem nas costas de uma nota de compras. Vinham num envelope pardo, grande, trazendo sempre a recomendação: “Atenção, não perder, não tenho cópia!”. Isto durante anos, sempre a mesma recomendação. E às vezes, em breves contatos telefônicos, ela ainda reforçava: “Marina, tome cuidado, não perca minha crônica, porque não tenho cópia” - e em seguida acrescentava - “Eu não uso carbono, o carbono franze”. É claro que nunca perderam um único texto de Clarice Lispector.
Amadeus
Há um ano
Se a proposta do sítio era atividade acadêmica, digo que poderiam ficar e produzir sempre.
ResponderExcluirGostei da safra: doce e suculenta.
Um abraço forte e até a próxima visita.