Em 1984, às vésperas de completar 82 anos, o poeta decide pendurar as chuteiras no ofício da crônica, depois de mais de seis décadas de jornalismo. Em carta ao presidente do Jornal do Brasil, o cronista afirma: "Sinto que é hora de descansar e também de ceder espaço a outros que começam ou que estão em fase de desenvolvimento de carreira". M. F. Nascimento Brito, o presidente, respondeu à carta fazendo uma contraproposta: em vez de escrever três crônicas por semana, Drummond escreveria somente uma. O poeta agradece e reafirma sua intenção de não ter "compromisso profissional com periodicidade certa" De fato, depois de deixar o JB, o poeta, que morreria três anos depois, ainda publicou cinco livros e deixou outros cinco prontos para o prelo.
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