Sobre nós


O blog “Falando do B” tem como objetivo resgatar a história de um grande sucesso do Jornal do Brasil, o Caderno B. Os alunos da FACHA (Méier) desejam mostrar o início desse suplemento, a sua fase áurea, os grandes escritores e jornalistas que trabalharam no caderno e o quanto ele foi importante, visto que inaugurou uma área cultural até então inexplorada pelo jornalismo brasileiro. Os cadernos culturais se transformaram em objeto de desejo da maioria dos jornais depois de sua criação. O Caderno B foi o pioneiro e até hoje nós podemos curtir esse trabalho diariamente no JB.

terça-feira, 26 de maio de 2009

O jornalista Gilberto Cortes fala do B

"Trabalhei 25 anos no JB em três fases. Comecei em 1972, na Economia, até 1981, voltei em 82 como Editor de Economia e saí em 83. Retornei em 88 como Editorialista. Minha última passagem encerrou-se em 2001, como Colunista e editorialista.
No começo da carreira, fiz um estágio de uma semana no B, como parte do cursinho de Jornalismo do JB - que frequentei quando já estava na economia.
Quando o JB se mudou para a Avenida Brasil, numa primeira fase, as editorias - com exceção da Cidade e do Copy Desk, que eram abertas - ficavam confinadas em grandes salas. O Caderno B vinha logo depois da Geral e ficava ao lado da Economia, que tinha como vizinho do outro lado a Pesquisa.
Era um timaço: Rui Castro era redador/Subeditor; tinha os melhores críticos de cinema e música popular.
No Rio de Janeiro, dos anos 70 até meados dos anos 80, o Caderno B era referência geral - O Globo, não tinha credibilidade.
O JB lançava moda, expressões. Os grandes artistas iam falar e apresentar seus novos trabalhos no JB.
Os colunistas, então, eram fantásticos: Zózimo Barroso do Amaral (na crônica social), no auge do Rio, Carlinhos de Oliveira fazendo crônicas incríveis sobre a vida noturna, diurna, o desbunde, o olhar torto para a cidade; a crônica elegantérrima de Mestre Drumond. O que mais faltava? Ainda veio do B a Revista Domingo, com nova abordagem (isso em 1976).
Como 'vizinho', no JB admirava as meninas do B: Norma Curi, Maria Lúcia Rangel, Diana Aragão, Cleusa Maria, e tantas outras. Além da beleza natural, e de um belo texto, elas tinham o que mais faltava à Economia: espaço para escrever sobre temas alegres e convidativos."

Nenhum comentário:

Postar um comentário