Sobre nós


O blog “Falando do B” tem como objetivo resgatar a história de um grande sucesso do Jornal do Brasil, o Caderno B. Os alunos da FACHA (Méier) desejam mostrar o início desse suplemento, a sua fase áurea, os grandes escritores e jornalistas que trabalharam no caderno e o quanto ele foi importante, visto que inaugurou uma área cultural até então inexplorada pelo jornalismo brasileiro. Os cadernos culturais se transformaram em objeto de desejo da maioria dos jornais depois de sua criação. O Caderno B foi o pioneiro e até hoje nós podemos curtir esse trabalho diariamente no JB.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fausto Wolff, escritor e colunista do Jornal do Brasil.

Fausto Wolff - 08 de Julho de 1940 + 05 de Setembro de 2008.

Nascido em 1940, em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, Faustin von Wolffenbüttel teve infância pobre. Começou a trabalhar aos 14 anos como repórter policial e contínuo do jornal Diário de Porto Alegre.
De família humilde, mudou-se para o Rio aos 18. Tornou-se jornalista em 1954 e passou por momentos históricos no jornalismo, fazendo parte da turma que editou o primeiro O Pasquim, a partir de 1969.
Também esteve por trás da volta do jornal O Pasquim 21, no começo da década. Além do jornal, também atuou como diretor de teatro e cinema e professor de literatura nas universidades de Copenhague e Nápoles.
Escreveu vários livros, entre romances, livros históricos e compilações de crônicas, entre eles Cem poemas de amor e uma canção despreocupada, A imprensa livre de Fausto Wolff, O acrobata pede desculpas e cai e seu último livro, A milésima segunda noite, lançado em 2005 pela editora Bertrand Brasil.
- Seus livros evocam uma certa fantasmagoria de ordem interna típica de Edgar Allan Poe: o horror que vem de dentro do ser, pasmo ante um mundo calcado em conceitos de realidade que não admite - declarou o escritor Fernando Toledo sobre sua obra.
Entre livros e traduções

Também se responsabilizou por traduções de livros, como Detonando a notícia: Como a mídia corrói a democracia americana, de James Fallows. Foi agraciado com o Prêmio Jabuti com o romance À mão esquerda.
Em áreas mais leves, também editou volumes das célebres Anedotas do Pasquim, lançadas pela editora do jornal, Codecri.
Ultimamente, mantinha o site O Lobo (http://www.olobo.net), com compilações de seus textos, e fazia uma coluna diária no Caderno B, para o qual veio trazido pelo chargista e escritor Ziraldo, a quem conheceu ainda na época do Pasquim. Lá, lançava mão de personagens como Natanael Jebão, que popularizou. Diariamente, criticava a mídia e novidades como o celular e o computador.
– Vai chegando a hora em que a turma vai indo embora – lamenta Ziraldo.
- Brigamos muito, nos amamos muito, vivemos muito juntos, muito separados. É como um irmão desgarrado que morre. Ao lado de Dalton Trevisan e Rubem Fonseca, Fausto era um dos melhores contistas do Brasil. Era também um excelente romancista. Era um gênio como autor de contos. Escreveu primorosamente como jornalista.

Chico Caruso sobre Fausto Wolff
Era muito bom escritor, as crônicas dele no Jornal do Brasil eram ótimas, inteligentes e atuais. Era da geração do Pasquim, de um Rio de Janeiro que passou por revoluções no jornalismo.

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